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Segunda vida - crônica de Marcos Samuel Costa

       Tenho deixado as coisas partirem ultimamente. Por muito tempo, tentei as segurar - como se pudessem aprender o tempo numa ampulheta íntima - com medo de perder, perdi mais do que pensei.  Perceber o desvanecimento daquela vida de quando meu pai e minha mãe ainda eram vivos foi me esgotado, me vi tento que abrir meus olhos e morar o que perdiam, numa complexa mescla de amor, saudade e dor.  Tentei tanto segurar, com muita força, tudo como era antes. É impossível, todos nós sabemos. Mas só quando nos deparamos com tamanha ausência, encontramos desculpas e justificativas para tudo. Tentamos justificar nossas insistências, porém, não adiante, o tempo corre tanto dentro quanto fora do nosso frágil coração. Algumas negociações impossíveis, porém que assumem um papel de acalanto. Quando morei numa quitinete, por volta de 2015, minúscula, nos altos de uma vila no Guamá, por não ter computador, escrevi à mão durante o ano inteiro. Escrevi crônicas num cadern...

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