Tudo é mentira - poema de Marcos Samuel Costa
Tudo é mentira
Não
chame ele
sempre ausente, distante
não virá
não queimará
nenhuma
lembrança,
a força que fará
não tem água, não apaga,
ele próprio não queima.
O
pesadelo
em teu quarto
gás vazado
fósforo acesso, estalos
os
dedos dele
te tocaram,
o sinal do amor
do sexo
não fale nada Celton
sempre ausente, distante
não virá
não queimará
a força que fará
não tem água, não apaga,
ele próprio não queima.
em teu quarto
gás vazado
fósforo acesso, estalos
te tocaram,
o sinal do amor
do sexo
não fale nada Celton
II
A
casa fica fora da área
de perigo,
habitantes ausentes
da festa
habitantes
fugitivos
da guerra sem deus,
atravessam o mar
num sono em perdas
não
habitará nenhuma
casa humana,
na criação do mundo
ele fez para Celton
apenas
pesadelos
pavões nervos
queimou as paredes e
a intimidade ficou intacta
de perigo,
habitantes ausentes
da festa
da guerra sem deus,
atravessam o mar
num sono em perdas
casa humana,
na criação do mundo
ele fez para Celton
pavões nervos
queimou as paredes e
a intimidade ficou intacta
III
Celton
ficou nu
sem paredes, sem casa
seu mundo sem espaço
para esconder segredos
queimou
junto
suas cartas seus poemas
tudo que o lembrava
de Marcos
junto
queimou suas
recordações cigarros
e a faminta certeza
Celton
desce para um
inferno luxuoso
sem o amor de Marcos
sem paredes, sem casa
seu mundo sem espaço
para esconder segredos
suas cartas seus poemas
tudo que o lembrava
de Marcos
recordações cigarros
e a faminta certeza
inferno luxuoso
sem o amor de Marcos
IV
Marcos
escreve num post do Twitter:
sou
cm vc
de carne
só a vdd q não queima
não morre
e vira mármore
frio
e conduz as nossas vidas gays
terra
e pó
cinzas
das tardes
o
paraíso
ficou no passado
fura os meus olhos
tudo é mentira Celton
de carne
só a vdd q não queima
não morre
e vira mármore
frio
e conduz as nossas vidas gays
cinzas
das tardes
ficou no passado
fura os meus olhos
tudo é mentira Celton
Marcos Samuel Costa
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