Exílio sem viagem

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(Djanira - google)


ele caiu em si. vi uma caixa preta: dentro um gato transparente. engolia a água enquanto crescia a evolução dentro da garganta. colmeias de bacilos encherichia coli. moro decretava a prisão de lula. ligo para ele, proponho-me ao exílio. não por carinho, quero fugir de um amor que degrada meus figados! tomo vodka para começar o meu dia. triste perfume azedo, bromidrose. sou também um micro-organismo que busca buracos profundos para si. existências famintas. sem pés e mãos. andarei - no andar das cabras, teu canto sem voz. um vento. 



Marcos Samuel Costa - micro contos

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